sábado, 17 de março de 2012

Em defesa de um Cristianismo sério V (culto à personalidade)

Há tempos tempos assistido a um movimento que vem tomando conta das igrejas evangélicas. É o chamado culto à personalidade. Uma infinidade de líderes parece que toma para si o centro do culto, como se deles fosse a glória e a honra.
Na verdade, nos deparamos com uma completa inversão nos valores do protestantismo, que teve como um dos seus principais pilares o livre acesso do devoto a Deus. Entretanto, boa parte do movimento neo-pentecostal tem feito com que esse livre acesso lentamente deixe de existir. Parece que, na verdade, é o líder religioso que traz a tão sonhada "salvação" pretendida pelo fiéis.
Lutero, um dos pais fundadores do movimento protestante, criticou duramente a postura católica no sentido de se antepor entre as pessoas e o Sagrado, inclusive pela interpretação "oficial" dos livros bíblicos. Só que hoje assistimos à mesma coisa acontecendo em boa parte das igrejas chamadas protestantes, onde parece que não há de fato uma livre interpretação da Bíblia.
Não se sabe mais se as pessoas seguem as doutrinas por realmente concordarem com elas, ou por simples alienação, já que o índice de leitura da Bíblia não parece ser dos mais altos. Os líderes, que tomam para si o rótulo de representantes do Mestre Jesus (do qual sou fã nº 1), ao invés de frisarem os ensinamentos desse Bom Mestre, preocupam-se cada vez mais com o "status" denominacional das suas igrejas, ou até mesmo em fomentar "guerras santas" no seio da sociedade. A esses pilantras, que reclamam o título de santos, se deve a vergonha dos cristãos, já que sempre que um escândalo vem a público, surge a questão: É isso o Cristianismo?

Tornamos público esse manifesto em defesa de um Cristianismo sério.

Um comentário:

  1. Caro Veberson, meu amigo.

    Não poderia deixar de comentar tal artigo. Muito consciente da verdade mais séria: há muitos mercenários no nosso meio, eu concordo em tudo com o que você falou. O eu nunca foi tão alimentado no mover cristão, como tem ocorrido agora nos movimentos neo-pentecostais, os quais seguem uma teologia distorcida, teologia da prosperidade. Seria isso o ensino autêntico? Aquele o qual o bom mestre nos trouxe ao entendimento? Envergonhado fico por ser classificado com tais sujeitos só porque eles se entitulam cristãos. Sou cristão, sou um judeu de coração e me entristeço de tamanha mensagens distorcidas as quais não são a da cruz!

    Everson Tavares

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